Escrito, provavelmente entre 1925 e 1926, para responder pontualmente as críticas a História e consciência de classe (1923), Reboquismo e dialética permaneceu inédito por muitos anos, e o próprio autor jamais se referiu a ele, até que o manuscrito foi descoberto nos arquivos de Moscou e publicado em 1996.
Nesse breve ensaio que ora recebe sua primeira edição brasileira, György Lukács − um dos maiores intelectuais do século XX — parte da teoria marxiana, passa pela função do sujeito no processo de desenvolvimento histórico e problematiza a consciência de classe ao refutar a ideia de que ela seja somente um estado psicólogico desatrelado da materialidade, argumento a que ele responde apresentando formas de mediação da práxis para chegar a uma real emancipação do ser social.