As Institutas (nome com o qual a obra tornou-se conhecida entre nós) foram inicialmente dedicadas por João Calvino ao rei francês Francisco I (cf. p.19), com a intenção de convencer o monarca de que o movimento reformado não trazia novidades revolucionárias e anárquicas, senão que buscava resgatar o que havia sido abandonado em favor de mudanças — elas sim, corruptoras — adotadas ao longo dos séculos pela Igreja Católica. As Institutas tornaram-se «a mais completa e sistemática apresentação do cristianismo».