Neste romance histórico, um grupo de rendeiras cria um código com pontos, linha e agulha para se comunicar por meio de véus, colchas e toalhas de mesa, numa época em que as mulheres não tinham voz.
Um véu de renda chega às mãos da jovem e rebelde Alice, no Rio de Janeiro, trazendo uma história de violência ocorrida cem anos antes no interior de Pernambuco, no vale do rio Pajeú, envolvendo suas antepassadas. Tudo começa na casa das Flores, ancestrais de Alice, que segundo a crendice do povo carregam uma sombria maldição: todos os homens que cruzam o seu caminho morrem prematuramente.
Enquanto decifra a história contada no véu — que vem passando de geração em geração desde Inês Flores –, Alice segue em busca de sua própria ancestralidade e reflete sobre o papel da mulher no século passado e nos dias atuais.